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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

4 Tendências que impulsionam o investimento em startups - 2ª Parte

Hoje é mais fácil do que nunca começar e investir em startups, ambos impulsionados por avanços na tecnologia online, como a computação em nuvem. Este é, entretanto, somente o começo. O número de startups e de investidores irá aumentar ainda mais, pois o crescimento de qualquer indústria hoje é impulsionado primariamente pela inovação. A novidade é que a fonte de inovação não está mais somente em laboratórios de pesquisa de grandes corporações, mas cada vez mais vem de pequenos times de geeks trabalhando apaixonadamente para solucionar um problema. Sim, esses times são chamados startups.
Atualmente existem quatro tendências chave responsáveis pelo crescimento do ecossistema de startups. No post anterior foram citadas e comentadas as tendências: (1)Softwares estão comendo o mundo e (2)Surgimento de ecossistemas de statups.
Segue abaixo as tendências 3 e 4.
3- Tendências macroeconômicas
Amplamente, esse foi o lado da oferta, com as aceleradoras de startups no meio. Entretanto, para que mercados cresçam, a oferta não precisa somente ser preenchida, mas na verdade excedida pela demanda. Neste caso, há algumas tendências globais que fazem com que mais pessoas queiram direcionar dinheiro para o investimento em startups.
Antes de mais nada, vamos olhar para o cenário geral. As taxas de juros estão abaixando em todo o mundo, inclusive em economias emergentes como o Brasil. Não somente investidores institucionais, mas também pessoas ricas procuram oportunidades alternativas para aumentar suas riquezas. Altos retornos estão relacionados a investimentos mais arriscados e o investimento em startups se encaixa bem nesta categoria. Mais de metade das startups fracassam, algumas trazem retornos modestos, mas aquelas que se dão bem normalmente trazem retornos incríveis. As pessoas ouvem notícias sobre o quanto tiveram de retorno os primeiros investidores em startups como Instagram e WhatsApp e desejam o mesmo. Isso afeta tanto investidores institucionais quanto investidores individuais.
Há então os governos de economias emergentes que querem evitar a armadilha da renda média e veem a inovação como a melhor maneira de assegurar crescimento no longo prazo.
O dinheiro está fluindo.
4- Democratização do investimento
Até pouco tempo, entretanto, o investimento em startups era um domínio de um grupo limitado de profissionais especializados em investimentos e as únicas opções reais para um indivíduo se envolver eram adquirindo cotas em fundos de Venture Capital ou como investidor anjo. Quais eram as barreiras de entrada para os indivíduos? Antes de mais nada, as pessoas que quisessem investir em um fundo de Venture Capital precisavam ter muito dinheiro, devido aos altos investimentos mínimos requeridos por esses fundos. Enquanto investidores anjo, há três coisas que um investidor deveria ter para investir em startups:
  1. Acesso a informação sobre boas oportunidades de investimento, que era restrita a investidores profissionais com ótimas conexões no ecossistema de startups
  2. Conhecimento sobre o ramo, o que compreende tanto a habilidade de selecionar bons investimentos, quanto o conhecimento sobre o próprio processo de investimento, como os aspectos legais deste.
  3. Tempo para executar. Se tornar um investidor anjo profissional exige muita experiência, a qual leva-se bastante tempo para adquirir. Além disso, cada processo individual de investimento consome bastante tempo.
Isso resultava em relativamente poucos novos investidores ingressando na atividade. Agora a situação está mudando. Primeiramente, há muito mais informações disponíveis online sobre as startups. Você pode segui-las no Twitter, ver seus perfis no AngelList ou Fundacity e ter análises detalhadas sobre suas performances pelo CB Insights ou Mattermark, embora estes dois até então estejam focados principalmente em startups americanas.
Paralelamente, novas plataformas online como AngelListFundersClub ou Fundacitypermitem que indivíduos co-invistam em startups com investidores anjo experientes, algo que antes era disponível somente para membros de grupos de anjos, muitas vezes exclusivos. Investidores individuais podem investir tão pouco quanto US$2.000 em uma startup e levar vantagem sobre o seu sucesso potencial sem a necessidade de ter conhecimento especializado ou de gastar tempo gerenciando o processo de investimento. Essas plataformas geralmente fornecem financiamento a startups que estavam historicamente caindo em um gap de financiamento – elas precisavam de mais dinheiro que as aceleradoras podem oferecer e ainda não eram grandes o suficiente para serem atrativas para os fundos de Venture Capital.
Resultado final
Todas essas tendências juntas impulsionam o crescimento do investimento em startups, embora seja importante notar que algumas delas sejam mais visíveis e mais fortes em mercados mais maduros, especialmente nos EUA. Entretanto, os mercados emergentes geralmente seguem os líderes e hoje é muito mais fácil acompanhar do que antes.
Sempre que surge uma grande nova oportunidade no mercado, normalmente há uma “vantagem do pioneiro”. Ninguém tem uma posição estabelecida, então qualquer um pode vencer. Essa hora é (ainda) agora.

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