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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

4 Tendências que impulsionam o investimento em startups - 1ª Parte

Startups se tornaram mainstream. Diretores de cinema fazem filmes populares sobre geeks como Steve Jobs e Mark Zuckerberg. Outros fundadores e suas startups estão constantemente em destaque não somente na mídia relacionada a tecnologia, mas também em sessões de negócios de publicações tradicionais. O motivo é simples. Hoje em dia, até mesmo uma empresa muito jovem pode ter um impacto enorme na maneira como negócios sérios são feitos. Basta pensar no impacto que os aplicativos móveis têm nos hábitos de consumo ou que as redes sociais têm em marcas. Não há dúvidas quanto a isso – o próximo grande negócio será uma empresa de tecnologia construída do nada por alguns geeks talentosos e trabalhadores como aqueles que começaram o Google ou Facebook.
Investidores tomem nota. O investimento em startups não está mais limitado a investidores profissionais com conhecimento especializado sobre determinado setor e acesso a contatos privilegiados. Agora há muito mais informação por todo lado, e o investimento em startups está sendo democratizado. Todo mundo quer fazer parte do jogo, de investidores individuais a hedge funds.
Existem hoje quatro tendências chave responsáveis pelo crescimento do ecossistema de startups. De um lado elas impulsionam a oferta de startups, do outro lado a demanda por parte dos investidores, que também contribui para a oferta de novas startups.
1- Softwares estão comendo o mundo
Essa fala do Marc Andreessen, famoso Venture Capitalist do Vale do Silício, é hoje ainda mais verdade do que quando ele a pronunciou pela primeira vez em 2011 em sua dissertação no Wall Street Journal. Hoje você pode começar a construir um negócio global por uma fração do que isso custaria até mesmo 5 anos atrás. A principal razão para isso são certamente os avanços tecnológicos, especialmente a disponibilidade de infraestrutura baseada em nuvem como serviço. Muitos desses softwares estão disponíveis a custos baixos (pré-pagos) ou até mesmo de graça inicialmente (em um modelo freemium) e trazem possibilidades incríveis, nunca sonhadas antes.
Por exemplo, na Fundacity nós usamos mais de 20 ferramentas online diferentes que nos ajudam a ser mais produtivos enquanto um time e oferecer um melhor serviço para os clientes. Muitas dessas ferramentas têm menos de 5 anos de idade e a grande maioria nós usamos de graça.
A nuvem também torna o mundo menor. Hoje é absolutamente possível construir um negócio global de qualquer lugar do mundo. Na realidade, algumas das startups mais icônicas foram criadas fora do Vale do Silício, algumas na Europa (Skype, SoundCloud, Spotify),outras na Ásia (Rakuten, Alibaba, Baidu). Agora é a vez da América Latina, que está se aproximando rapidamente e não deixa a desejar em talento.
2- Surgimento de ecossistemas de startups
Ideias por si só raramente geram valor, mas ideias transformadas em startups frequentemente o fazem. Hoje não somente é mais barato começar uma startup, mas também há muito mais suporte disponível para ajudar empreendedores a transformar ideias em inovação. Muito começou com o movimento Lean Startup, que estruturou a maneira de se construir uma startup. Ele é baseado no framework de ciclos de criação-mensuração-aprendizado, que encorajam uma rápida prototipação e o aprender-fazendo. De repente as pessoas perceberam que elas poderiam testar as suas hipóteses de maneira muito mais barata e rápida do que antes. Com essa nova abordagem, elas têm maior probabilidade de criar algo que as pessoas realmente querem, mais rápido.
Muitas startups aprendem a metodologia Lean Startups em aceleradoras de startups, que são investidores early-stage que adquirem uma pequena participação societária na startup em troca de uma ajuda para acelerar a execução de suas ideias de negócio. As aceleradoras geralmente pegam bons times com ideias promissoras e lhes dão suporte durante o período de aceleração, que muitas vezes toma a forma de um programa de 3 meses. As startups recebem um dinheiro que as ajuda a focar 100% em seus projetos, mentoria para aprimorar suas ideias, um escritório para que todo o time possa trabalhar, workshops para aprender coisas úteis como a metodologia Lean Startup, oportunidades de networking com potenciais investidores e um ambiente encorajador, com outros colegas trabalhando em suas próprias startups ao mesmo tempo. Nos últimos anos, o Brasil vivenciou essa tendência em primeira mão, com o surgimento de aceleradoras como a 21212AceleratechAcelera MGTIAcelera PartnersWOW,VentiurGema Ventures, etc. Essas aceleradoras ajudam a criar ecossistemas de startups, nos quais as pessoas se encontram e aprendem umas com as outras.
Aceleradoras ajudam a criar uma oferta de novas startups, ajudando pessoas jovens a começar um negócio. Do outro lado, elas também impulsionam a demanda por startups de outros investidores como os anjos e fundos de Venture Capital, que veem as startups provenientes de programas de aceleração como boas oportunidades a serem observadas e incluídas em seu deal flow.
(Continua...)

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