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O NAE é um espaço de valorização e de desenvolvimento da criatividade, tem como proposta a promoção da inovação a partir do empreendedorismo.

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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Por que meu e-commerce não vende?

Veja como contornar essa situação e crescer nos web-negócios

"Um erro que pode fazer com que uma loja virtual não venda é uma plataforma
que não  tenha os recursos necessários para efetuar uma compra"

Muitos donos de lojas virtuais MPE’s que recém começaram sua jornada — ou então que já estão há tempos sofrendo com isso — reclamam porque não conseguem vender pela internet, ou então vendem muito pouco. Na maioria dos casos, o erro é cometido por algumas ações que podem ser solucionadas de forma simples.
O primeiro erro que acontece é a utilização de uma estratégia errada, no qual o MPE tenta vender da mesma forma que as gigantes do comércio eletrônico. Entretanto, eles não se dão conta que essas lojas têm muitos anos de experiência, e estão em um nível de investimento e capital muito mais evoluídos do que uma loja virtual que está começando. Estas lojas têm bala na agulha e podem vender um produto com um preço extremamente competitivo parcelado em muitas vezes e com frete grátis.
Uma boa saída para conseguir vender, sem precisar competir com os grandes varejistas está na segmentação. O empreendedor geralmente abre uma loja virtual querendo vender tudo para todo mundo. Para conseguir sobreviver no mercado, um e-commerce de micro e pequeno porte precisa escolher um nicho específico, para que assim o lojista se torne um especialista no segmento que ele está vendendo. Isso faz com que o atendimento e o serviço oferecidos consigam ajudar um problema ou necessidade específica de um cliente, e também se torna um diferencial competitivo diante das concorrentes.
Outro problema simples, mas que acontece de forma recorrente é a falta de informações para contato na loja. Muitas lojas deixam apenas um email para entrar em contato (e ainda demoram para responder), ou então um número de telefone celular ou de um fixo que não atende. Estes detalhes são coisas pequenas que passam desconfiança no cliente. De que adianta montar toda uma estratégia de segmentação e atendimento diferenciado se na ponta mais simples isso não ocorre? Tente oferecer pelo menos mais de um canal de atendimento — e é claro, que seja eficiente e não faça o cliente esperar muito.
Mais um erro que vejo cometerem de forma recorrente são as descrições de produtos genéricas e/ou incompletas. Além de ajudar na busca orgânica do Google, uma descrição completa é essencial porque ajuda o cliente a adquirir o produto de maneira consciente, sabendo o que está adquirindo. O preço de um produto pode até ser bom, mas com uma descrição mal feita o cliente se confunde e acaba optando por outra loja que lhe passe mais segurança ao comprar.
Além disso, por que não colocar vídeos juntamente com a foto do produto? Esse recurso visual é extremamente poderoso para gerar engajamento, conversão e convencer aquele cliente desconfiado que existe sim uma pessoa por trás da loja virtual e que ele não está sendo atendido por uma equipe de robôs. Ou então, por que não mostrar o produto também através de um vídeo, apresentando ângulos e nuances que uma foto não consegue apresentar?
Ainda na onda de tentar agradar e vender para todos e não para um público específico, o empreendedor cai no erro que eu mesmo já caí: o de montar um mix errado de produtos. Em vez de focar em quantidade de produtos para atender aos clientes, o lojista acaba focando na variedade. A consequência é que ele não consegue oferecer uma grade completa, ou então não consegue dar vazão à quantidade de pedidos. Diminuir o mix de produtos, porém com uma boa quantidade de estoque, e oferecendo ao cliente todos os tamanhos e cores é muito mais efetivo para quem está começando. Conforme as vendas forem aumentando, daí sim é possível pensar em ampliar o mix de produtos e crescer de forma sustentável.
Por fim, outro erro que pode fazer com que uma loja virtual não venda é uma plataforma que não tenha os recursos necessários para efetuar uma compra. Pode ser por ela ser muito complexa, fazendo com que o cliente não compreenda bem os passos para efetuar a compra, ou até mesmo muito lenta no momento de fechar o carrinho. Na hora de escolher uma plataforma eficiente para sua loja, lembre-se: menos cliques geram mais vendas. E mais vendas geram uma loja lucrativa e um lojista satisfeito!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Cinco passos para se tornar um empreendedor digital

A comodidade, o baixo investimento e a possibilidade de altos ganhos vêm seduzindo pessoas que pensam em trabalhar por conta própria pela internet. Mas como começar?

O empreendedorismo digital vem ganhando cada vez mais força no Brasil. Hoje, já são diversos os profissionais que se dedicam exclusivamente ao trabalho através da internet, seja com venda de e-books, vídeo-aulas, cursos e palestras online, ou consultoria à distância.

A comodidade, o baixo investimento e a possibilidade de altos ganhos vêm seduzindo pessoas que pensam em trabalhar por conta própria pela internet.
Mas como se tornar um empreendedor digital? Alan Pakes lista abaixo 5 passos para ingressar (e ter sucesso) neste mercado:

1º passo: Desfaça a crença que para ser um empreendedor digital é preciso ser um expert em tecnologia. 

“Esse mito já não existe mais. Antigamente, apenas jovens e nerds sabiam mexer com computadores. Mas, agora, a tecnologia está cada vez mais intuitiva, com ferramentas simples e que são usadas até por pessoas de 80 anos”, diz Pakes.

2º passo: Abandone a mentalidade de empregado e passe a ter alma empreendedora.

“A diferença entre uma pessoa de sucesso e uma pessoa comum está justamente aí, na mentalidade. Tudo começa na mente e ter isso bem definido é fundamental.”

3º passo: Identifique seu conhecimento.

“O conteúdo é muito importante, é a mina de ouro. Descubra o que você pode fazer para ajudar outras pessoas. Até mesmo sua história de vida pode servir de inspiração para transformar vidas. E isso é o que importa no empreendedorismo digital”, afirma o fundador do CONAED.

4º passo: Tenha foco e batalhe por sua ideia.

“Ao propor fazer algo, siga aquele caminho com paixão, não desvie a atenção. E, de preferência, elabore um projeto visionário.”

5º passo: Aprenda e execute, aprenda e execute...

“Não basta somente ter conhecimento ou apenas ficar fazendo experiências, sem fundamentos. O aprendizado e a execução precisam ser constantes”, finaliza Alan Pakes.
Cansaço com a rotina puxada, falta de motivação e perspectiva, pouco tempo para a família, insatisfação com cargo e salário,... Esses são fatores presentes no dia a dia de muitos profissionais e que fortalecem a ideia de mudança de carreira. E a ousadia de arriscar e trilhar novos caminhos, tão característica da Geração Y, já faz parte da vida de trabalhadores com mais de 40.
A carreira digital, que valoriza o conhecimento, já virou uma grande opção para os mais sêniores.
Aos 40, a pessoa tem muito mais experiências profissionais e pessoais e isso é preciosíssimo no empreendedorismo digital. Com tamanha bagagem, a pessoa pode desenvolver um infoproduto, escrever e-books, dar palestras, treinamentos, etc., tudo isso através da Internet.
Por Alan Pakes - Fonte www.cio.com

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Seminário Pensando TI 2014 - Promovendo Inovação

Unisuam participa do Seminário Pensando TI 2014, realizado pelo SEBRAE e ASSESPRO, evento que marcou a assinatura do convênio com a empresa TiE norte-americana e que funda o ECOSSISTEMA, um poderoso canal de negócios entre o Silicon Valley e o ecossistema de empreendedorismo inovador do Rio de Janeiro.

O Pensando TI é um evento onde se apresentam temas estratégicos, com oportunidades de negócios para os empresários de TI. Tem por objetivo aprofundar o conhecimento e trocar experiências sobre temas que são de importância vital para a continuidade de suas empresas e o crescimento saudável de suas operações.
O Seminário Pensando TI tem como base a abordagem de assunto de interesse do segmento de TI, descaracterizada qualquer conotação comercial ou promocional de produtos e serviços. Quer garantir o interesse dos empresários em todos os níveis e assim atingir os objetivos de estreitar relacionamentos e consolidar as informações com vistas à tomada de decisões.
Mais informações em Assespro RJ

terça-feira, 28 de outubro de 2014

25% das startups brasileiras encerram suas atividades antes de completar um ano, aponta estudo

Pesquisa consultou 221 startups e seus fundadores para investigar as causas da descontinuidade dessas empresas no Brasil

Quanto mais fundadores à frente da startup, maiores as suas chances de 'morrer'


A escola de negócios Fundação Dom Cabral divulgou, nesta quarta feira (8), os resultados da pesquisa Causas da Mortalidade de Startups Brasileiras, que investigou os motivos pelos quais essas empresas - embrionárias e de forte propósito inovador - acabam encerrando suas atividades precocemente. O estudo consultou fundadores de 221 startups - 130 em operação e 91 já descontinuadas -, com foco na análise do empreendedor das características de suas startups e de seu ambiente de negócios.
O estudo revela que 25% das startups 'morrem' antes do primeiro ano de vida; e a metade delas, em menos de quatro anos. Três fatores explicam essa alta taxa de descontinuidade das empresas. O primeiro é o número de sócios: a cada sócio a mais que trabalha em tempo integral na empresa, a chance de descontinuidade da startup aumenta em 1,24 vez.
Ou seja, quanto mais fundadores à frente da startup, maiores as suas chances de 'morrer'. "Muitas vezes, os interesses pessoais e profissionais dos sócios não convergem, resultando em problemas de relacionamento, além da incapacidade de adaptação de muitos deles às necessidades e mudanças do mercado", pontua o responsável pela pesquisa, Carlos Arruda.
Outro fator avaliado é o volume de capital investido na startup antes do início das vendas. Três situações foram consideradas: empresas que, antes de faturar, dispunham de capital suficiente para manter seus custos operacionais por um mês; ou pelo período de 2 meses a um ano; ou por mais de um ano.
A pesquisa mostra que o cenário mais preocupante é o de startups cujo capital investido cobre os custos operacionais pelo período de 2 meses a um ano - elas são 3,2 vezes mais suscetíveis de desaparecer do que as companhias com capital suficiente para cobrir os custos por um mês e 2,5 vezes mais suscetíveis do que as com capital para cobrir os custos por mais de um ano de operação.
"Investir uma grande quantidade de recursos na startup antes de ela começar a faturar aumenta as chances de insucesso e indica que, para essas empresas, o melhor é ter foco na realidade do mercado. Quando o produto ou serviço atende às demandas reais, o caminho para a venda é mais curto e o negócio pode ser viabilizado com o capital dos próprios clientes", explica Arruda.
O terceiro fator para avaliar as causas da 'mortalidade' das startups no Brasil é o local de instalação. Quando a empresa está em uma aceleradora, incubadora ou parque, a chance de descontinuidade da empresa é 3,45 vezes menor em relação às startups instaladas em escritório próprio ou sala/loja alugada.
A pesquisa mostra, ainda, o padrão de instalação das startups nos Estados brasileiros. No Rio Grande do Sul e Pernambuco, elas tendem a se instalar em incubadoras, aceleradoras e parques; em São Paulo e Paraná, é mais comum a prática do home-office, coworking e escritório virtual; no Rio de Janeiro e Minas Gerais, predomina a instalação da empresa em escritório próprio ou sala alugada.
"Startups inseridas em incubadores, aceleradoras ou parques tecnológicos têm mais chances de sobreviver, pois oferecem o tempo necessário para que as empresas alavanquem seus negócios sem ter os custos de um espaço próprio, além de contribuir com incentivos educacionais, financeiros e de relacionamento", destaca Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral.
Segundo o professor, o intuito da pesquisa foi gerar conhecimento a partir dos erros de quem já empreendeu, "fornecendo análises e subsídios para que as startups se estabeleçam com mais segurança e potencializem suas chances de sobrevivência."

Percepção dos empreendedores

A pesquisa Causas da Mortalidade de Startups Brasileiras também investigou a percepção dos fundadores quanto aos fatores fundamentais que levam à descontinuidade ou à sobrevivência das startups. O estudo comparou a opinião dos fundadores de startups ainda em operação sobre os fatores mais importantes para a sobrevivência da empresa e a dos empreendedores com startups descontinuadas sobre os fatores que mais contribuíram para isso, resultando no seguinte quadro comparativo:

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Com casos reais, série de TV vai dar dicas de empreendedorismo para jovens

O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o canal Futura vão mostrar em uma série de TV o dia a dia de jovens empreendedores e como eles usam a criatividade para lidar com situações do cotidiano e para identificar novas oportunidades.
É o #projetoempreender, que vai apresentar histórias de 78 jovens, entre 13 e 24 anos, de diferentes lugares do país, que criaram produtos e serviços com grande potencial a partir de sua própria vivência pessoal. Eles atuam em diversos segmentos, como música, moda, artes visuais e gastronomia.
A exibição do capítulo inédito será sempre às quartas-feiras às 16:30h, com reprises aos sábados, às 16h. Os episódios têm 30 minutos de duração e a classificação é livre.

Cadeirante dona de marca de roupas e fã de games estarão na série

Um dos empreendedores apresentados é a estudante de moda Luana Cavalcante, 20, que usa cadeira de rodas e é a fundadora da marca Sweet Angels. Ela comercializa shorts, vestidos, macacões e camisas com velcro na lateral. As roupas, feitas sob medida, dão mais autonomia às pessoas com deficiência. 
Outro exemplo é o estudante de engenharia Giovanni Tramontin, 20, que gerencia um canal no YouTube chamado Hoxton Gamer, com dicas sobre como vencer jogos online.
Frequentador de canais similares na web, o jovem começou a gravar vídeos e angariou fãs. A partir daí, procurou patrocinadores e parceiros. Graças a isso, Tramontin conseguiu monetizar o Hoxton Gamer, que conta, hoje, com 50 mil visualizações mensais e cerca de 5.300 assinantes.
Metade dos novos empreendedores brasileiros tem até 34 anos, segundo a Pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor/2013), maior estudo sobre empreendedorismo no mundo.
"O empreendedorismo é uma alternativa de carreira cada vez mais viável para os jovens. Há cinco anos, o maior sonho profissional dos jovens era trabalhar em uma multinacional, hoje é ter o próprio negócio", afirma o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.

Projeto inclui vídeos curtos e jogo online

O #projetoempreender contempla ainda programas de animação de curta duração (dois minutos cada), com orientações e dicas para quem quer montar o próprio negócio.
O objetivo é levar ao público, de forma simples e bem humorada, conceitos e conhecimentos sobre empreendedorismo, como a necessidade de pesquisa de mercado para alavancar o negócio e as diferentes formas de registrar uma empresa. Um jogo online, o CDF (Clube Desafio Futura), irá testar os conhecimentos dos internautas sobre o tema.
Os programas de curta duração serão veiculados na grade do Futura também a partir do dia 22 e ficarão disponíveis no site http://zip.net/bbpWQW. Os episódios da série de TV também estarão na página.

Fonte: Uol

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A relação entre empreendedorismo e liderança e por que andam sempre juntos


Quando pensamos em empreendedorismo e liderança muitas palavras imediatamente nos vem à cabeça, não é verdade? Existem muitos textos que tratam o empreendedorismo como o estudo sobre as competências e habilidades do empreendedor e liderança como sendo a arte da influência.
Para alguns, nem sempre o empreendedor é um líder assim como também nem sempre um líder é um empreendedor. 


Sem aprofundar muito no mérito da questão. Eu entendo que o empreendedor também possui a necessidade de ser um líder, isto é, de influenciar, principalmente, porque para transformar a empresa em sucesso precisa antes de tudo criar certa influência em seus clientes, funcionários, fornecedores e porque não dizer em seus concorrentes? Então logo, são conceitos com bastante relação.

Mas para clarear melhor esta afirmação, vamos analisar os conceitos começando pelo empreendedor.
O empreendedor 
É aquele que tem a capacidade de criar algo novo e transformar em realidade, usando atributos de muita coragem e ousadia. Tem um espirito de muita resiliência, não se deixa abater por pequenos fracassos, porque seu desejo de empreender torna-se sua razão de viver, sua causa, e consegue insistir mesmo quando muitos duvidam de seus sonhos.
Grandes empreendedores são admirados por suas conquistas, seus feitos e conseguem muitos seguidores durante sua trajetória.
O líder 
É aquele que consegue transformar e desenvolver profissionais potenciais em grandes talentos não somente naquilo que fazem como também em outras áreas de suas vidas, alguns têm a incrível habilidade de formar novos líderes somente pelo exemplo.

Mas engana-se que basta ser um bom chefe, elogiando, conseguindo bons resultados e passar a mão na cabeça e pronto, nasceu um novo líder. Não, liderar é fazer com que todos entendam a importância que suas ações (corretas) impactam diretamente no desenvolvimento da empresa e quanto isso possui importância para seu desenvolvimento pessoal. Em suma, é conscientizar, motivar sem ser autoritário, conseguindo o que precisa, mas, contribuindo para o crescimento da empresa, do funcionário e de si próprio.
E, diante de tudo isso, não dá para negar que o líder é também um empreendedor.
Particularidades entre empreendedorismo e liderança
Empreendedorismo e liderança estão mais relacionados que o simples título deste artigo, mas também possuem suas particularidades, referentes a aspectos voltados ao gerenciamento.
O líder possui uma posição de muita responsabilidade dentro da organização, sua habilidade de solucionar problemas gerenciais e influenciar pessoas fazem a diferença para o desenvolvimento que a empresa precisa para crescer.
Contudo, possui algumas limitações em razão do cargo que ocupa e da política organizacional. Por mais que ele enxergue claramente a solução para determinadas questões, só poderá colocar em prática com o aval de um superior direto que por vezes é o empreendedor.
Essa limitação gera mais segurança na hora tomar decisões e reduz consideravelmente que haja erros, o que não significa que não erre, mas tem mais chances de acertar, já que tende a agir somente depois de algum tempo de análise das consequências que suas decisões terão na estratégia da empresa.
Já empreendedor erra bastante em relação ao líder, porque não tem medo e é ousado, mesmo enxergando os riscos vai enfrente mais rapidamente e quando erra, age o mais rápido possível para tentar solucionar a situação, e vem daí sua qualidade de solucionar problemas rápidos.
O empreendedorismo anda junto da liderança, não porque o empreendedor precisa de um braço forte de seu lado, mas porque a liderança é o ponto máximo do desejo do empreendedor. Porque ser líder de um mercado é um fator muito importante (diria um dos mais essenciais) para empresa. Porque com a liderança certa, faz com que processos tenham qualidade, faz com que os funcionários se sintam mais valorizados e ainda, faz com que o líder tenha um bom gerenciamento dos dados administrativos, contribuindo para que o empreendedor alcance mais rápido posicionamento no mercado e principalmente melhores resultados.
Este artigo foi originalmente publicado em administradores.com.br/artigos

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Artesão gera 50 mil em 6 meses com ajuda de empresa

Você sabia que mais de 8,5 milhões de brasileiros se dedicam ao artesanato como um pequeno negócio? Segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), esses microempreendedores movimentaram, em 2012, mais de R$50 bilhões por ano.   Mas, como era esse cenário em uma sociedade anterior à internet?
(Imagem: reprodução do site)
(Imagem: reprodução do site)
"A missão da Solidarium, desde o começo, foi gerar um negócio que possa ser escalável e que vá transformar a realidade do artesanato do Brasil", diz Tiago Dalvi. (Imagem: reprodução do site
A Solidarium surgiu justamente nesse cenário. Em 2006, Tiago Dalvi percebeu que a ligação entre os artesões e o varejo quase não existia e viu uma possibilidade de negócio. Como uma loja em shopping não funcionou, Dalvi partiu para a parceria com os grandes varejistas. Foi só em 2012 que abriram a Solidarium.net, que tem a proposta de se tornar o maior marketplace para artesões do mundo.
A empresa passou de 36 cooperativas para 6 mil e já atinge 15 mil artesões. “Nós temos histórias de artesãos que conseguiram gerar uma renda de 50 mil em um período de 6 meses, conseguiu reformar a casa e pagar escola pra filho”, explica Dalvi.  O negócio ainda tem expectativas para avançar com as vendas, principalmente internacionalmente.
Veja abaixo a entrevista do Catraca Livre com Tiago Dalvi:
1. Como surgiu a ideia da Solidarium?
“Quando voltei de um intercâmbio na faculdade, fui contratado por uma empresa chamada Aliança Solidária que apoia empreendedores no Brasil inteiro. Em 2006 eu notei que a maioria dos empreendedores que a Aliança trabalhava eram artesãos e eles tinham um trabalho muito bom, tinham preço, tinham design, mas não tinham  a menor ideia em como vender os seus produtos. Eu comecei a pegar na mão deles e apresentá-los para pequenas lojas e pequenos varejistas.
Percebi que do outro lado da mesa tinha muita gente interessada nesse produto mas não tinha uma ponte entre esses dois mundos. Ainda não existia nenhuma empresa que fazia essa ligação, então eu resolvi abrir um lugar que fizesse justamente essa conexão.
Estudei e descobri que no Brasil, naquela época, tinha um pouco mais de 8 milhões e meio de artesões. O curioso é que desse número, 2 milhões viviam abaixo da linha da pobreza justamente por não ter como vender o produto que eles já tinham produzidos.
Quando a empresa começou, em 2007, abrimos uma loja em shopping que acabou sendo fechada um ano depois justamente por não            escalar a venda. Naquele momento, eu percebi  que seria melhor trabalhar com grandes redes varejistas para poder expandir a empresa e os resultados de forma mais rápido.
A gente mirou incialmente no WalMart, que era o maior varejista do mundo na época, e conseguimos fechar o negócio depois de 6 meses de negociação. Após isso conseguimos entrar nas Lojas Renner, na TokStock, Natura e Mundo verde, ou seja, os grandes varejistas do país tinham acordos com a gente.
Só que o grande desafio quando se trabalha com grandes redes varejistas é o preço elevado e a bitributação. Tudo isso encarecia o produto e não o tornava rentável. Dessa forma, saímos desse meio de negócio.
Em 2011, a gente percebeu que se quiséssemos produzir algo escalável, que alcançasse uma grande quantidade de pessoas e vendas, teríamos que sair do mundo off-line. Criamos, então, a Solidarium.net que é uma comunidade de venda. Ela é um pouco diferente dos outros sites de venda porque temos como ideia criar a maior comunidade de vendas de produtos feito a mão no mundo.
A ideia é conectar o artesão diretamente com o consumidor. Um ano depois, lançamos o marketplace online, onde qualquer artesão pode entrar, se cadastrar sem taxas de adesão ou mensais e começar a vender seu produto para o mundo inteiro. A ideia da Solidarium é realmente estar do lado desse artesão e não ganhar em cima dele."
2 - Quantas pessoas são atingidas pela Solidarium?
“Depois do lançamento a empresa começou a crescer de maneira bem acelerada. Antes nós éramos em 44 cooperativas, hoje nós estamos em 6 mil pessoas que vendem com a gente. E esse número é muito maior porque as vezes uma cooperativa engloba 15 ou 30 pessoas. Hoje a gente sabe que o nosso impacto chega a quase 15 mil pessoas mês a mês. Então é muita gente que depende da Solidarium, que vende com a gente. Nós temos histórias de artesãos que conseguiram gerar uma renda de 50 mil em um período de 6 meses, conseguiu reformar a casa e pagar escola pra filho. O legal é ver que hoje a Solidarium consegue ajudar as pessoas. Não vendemos só o produto, vendemos uma história e um contexto.”
3- Como anda o desenvolvimento dos negócios sociais no brasil e no mundo?
 “Depende de cada país. O negócio social depende da situação atual que o país se encontra. O negócio social surge da demanda por algo que o governo não cobre ou não cobre de uma maneira eficiente. No Brasil não é de se espantar que a gente tenha projetos sociais em tantas áreas (renda, saúde, moradias), que a gente tem muito problema hoje. Nos países desenvolvidos o negócio social surge, mas não para ajudar o próprio país. Na Inglaterra, por exemplo, tem muito negócios sociais que trabalham com um enfoque global. Lá já existe uma legislação para os negócios sociais, aqui ainda não se fala nisso. O negócio social faz o trabalho do governo, aqui no Brasil, e não tem nenhuma isenção de impostos ou benefícios. Não que deva ter, mas deveria ser mais fácil.”

Jovens brasileiros são empreendedores

Os chamados "millenials" têm espírito empreendedor, acreditam que possuem potencial para realizar mudanças e que a tecnologia tem íntima relação com tudo isso, e portanto estão otimistas com relação ao seu futuro. Isso foi o que revelou uma pesquisa realizada pela Telefônica com mais de 6,7 mil pessoas com idades entre 18 e 30 anos – a geração do milênio, ou "millenials" - em 18 países, entre eles, o Brasil. O estudo foi divulgado ontem em São Paulo. 

De acordo com a pesquisa, 61% dos brasileiros se dizem otimistas com relação ao futuro. Na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, este índice fica bem abaixo, em 22% e 43%, respectivamente. Na opinião de Gabriella Bighetti, presidente da Fundação Telefônica Vivo, este otimismo está ligado à perspectiva gerada pelo espírito empreendedor do jovem brasileiro.
No Brasil e na América Latina, o espírito empreendedor é considerado mais forte entre os jovens: 34% dos "millenials" no País e 30% na América Latina responderam que desejam começar o próprio negócio, contra 23% nos EUA e 16% na Europa Ocidental. 
De acordo Gabriella, este espírito empreendedor está intimamente relacionado com a tecnologia. "O que acho muito interessante é que o jovem diz que o empreendimento que está pensando em ter não seria possível se não houvesse internet", disse ela, em entrevista para a FOLHA. "O Brasil já tem uma tradição de empreendedorismo. Mas a gente viu também que o jovem conectado encontra na internet muita informação aberta e gratuita sobre como empreender e, mais recentemente, encontra também fontes de financiamento para seu empreendimento, como as plataformas de crowdfunding", continua. 
O jovem brasileiro de 18 a 30 anos, segundo a pesquisa, também tem um smartphone e usa intensamente as redes sociais. Além disso, considera que as redes sociais transformaram a maneira como lida com o entretenimento, as interações sociais, a educação e a pesquisa, a busca por empregos e a produtividade no trabalho. Segundo os entrevistados, as redes sociais também são capazes de ajudá-los a fazer a diferença em suas comunidades locais. Estas ferramentas podem ser utilizadas para documentar, denunciar e divulgar a realidade em que vivem.

Condições propícias
Na opinião de Gabriella, no Brasil o ambiente é favorável ao desenvolvimento de pequenos empreendimentos liderados pelos "millenials", como as startups, inclusive no meio corporativo, onde convivem com as grandes empresas. Para ela, esta relação entre pequenas e grandes empresas no País se dá de forma "saudável". "As empresas grandes estão buscando inovação. Elas precisam se reinventar todos os dias para serem sustentáveis, e a inovação é muito difícil de nascer no centro de uma empresa grande. A inovação normalmente vem da periferia, portanto, as empresas grandes precisam das startups, porque é lá onde elas têm agilidade e criatividade para fazer o novo." 
Entretanto, as políticas governamentais ainda precisam olhar "com mais cuidado" para estes jovens empreendedores, a fim de que seus empreendimentos se desenvolvam plenamente, sugere Gabriella. "É preciso facilitar a vida destas startups, criar condições na economia, na política e na legislação para que elas de fato aconteçam e cresçam." 
A jornalista viajou a São Paulo a convite da Vivo 


Por Mie Francine Chiba
Fonte: Folha de Londrina – PR

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Para ser empreendedor, idade não é documento

Casal abriu empresa depois dos 50 anos, em busca de satisfação pessoal, uma vida financeira confortável e para manter-se ativos. Conhecimento, experiência e segurança para ousar estimulam o empreendedorismo nesta etapa da vida.
O Relatório GEM (Global Enterpreneurship) 2011 calculou em 21,1 milhões de pessoas o número de empreendedores (17,1% da população) no Brasil em 2010. Destes, 3,1% representam empreendedores na faixa dos 60 anos – mais de 650 mil pessoas.
O casal Maria Aparecida, 57, e Oscar Conchon, 59, decidiu empreender na maturidade. Sócios na vida e nos negócios, eles comemoram 37 anos de união e cinco anos como empresários - eles são donos de uma loja de materiais de construção.

Pisos, pias, torneiras, canos, tintas estão disponíveis nas prateleiras, ao lado da parede com o anúncio dos shows da dupla Roco e Diego, filhos do casal. É neste ambiente que eles passam todos os dias trabalhando, ou melhor, fazendo o que gostam.
Oscar era representante comercial e viajava bastante até que se cansou da rotina. Antes de ser empresária, Maria Aparecida era dona de casa. Com vontade de sobra e sem medo de empreender, eles decidiram viabilizar o sonho do próprio negócio. "Por já termos noção de negócio (uma loja que tiveram antes de Oscar se tornar representante) e em conversa com amigos, decidimos investir neste sonho", diz Maria.
Todos os dias, o casal abre o depósito às 7h30, inclusive aos sábados, quando a loja funciona até as 16 horas e aos domingos e feriados até meio-dia."Quando entramos em horário de verão, ficamos abertos até mais tarde", acrescenta Oscar. E a esposa emenda. "Procuramos oferecer um diferencial aos clientes. De domingo, temos que pedir para que o cliente espere enquanto atendemos outro, de tanto movimento", diz.
O casal também pensa em inovação. Daqui a três meses, eles devem inaugurar um site do depósito, que será um canal de vendas online, sendo que as entregas serão feitas até as 22 horas. A divulgação será feita principalmente pelo Facebook. "A ideia foi nossa", conta Oscar. Eles também estudam as estratégias: preocupados se o investimento que fazem em mídia vale a pena, o casal lançou até um sorteio pela rádio. A proposta foi que clientes ligassem para concorrer a uma torneira elétrica e, naquele dia, foram mais de 300 ligações.
Questionados sobre aposentadoria, Oscar conta que visitou o INSS para verificar a situação. Ele precisaria de mais 17 anos e ela de mais 15 anos de carteira assinada para se aposentarem por tempo de serviço. Esse foi mais um motivo para que o casal decidisse ter o negócio próprio. "Pensei: vamos precisar de um negócio que dê dinheiro, para que estejamos confortáveis futuramente", diz Oscar.
Ele acredita que ficar sem trabalhar seja sinônimo também de perda de saúde. "Meu pai, que tem 85 anos, tem Alzheimer, está acamado. Ele era funcionário público e desde que se aposentou parou de trabalhar. Acredito que se ele tivesse se mantido ativo, sua condição poderia ser diferente hoje", conta Oscar. E Maria explica que o trabalho como empresária lhe renovou as energias. "Esse negócio de ficar fazendo crochê não é comigo", diz antes de acrescentar que gosta do contato com o público.
Em busca da satisfação pessoal e estabilidade financeira, Oscar e Maria Aparecida contam que a idade quando somada à experiência são fatores que contribuem para que o negócio dê certo. Apesar de gostarem de trabalhar, o casal sabe que é importante reservar um tempo para o lazer, afinal o que valorizam é qualidade de vida. Ela lembra que quando trabalhavam no outro negócio que tinham não se davam o direito de tirar férias. "Agora fechamos a loja durante dez dias e vamos passear. No ano passado fomos para o litoral, foi uma delícia".
Em meio a tanto trabalho, o casal não esquece de valorizar a família. Maria faz questão de cozinhar para os quatro filhos, alguns deles casados, pelo menos duas vezes por semana. E aos domingos todos também se reúnem.

Influência do mercado
Segundo a diretora de Educação Corporativa da Associação Brasileira de Recursos Humanos - regional de Maringá, Dayane Almeida, há alguns anos acreditava-se que seria possível ter qualidade de vida ao parar de trabalhar ou ao realizar trabalhos voluntários. Porém, para ela tem havido um processo de mudança de cultura que se deu de forma natural, devido ao mercado competitivo e às ferramentas inovadoras de conhecimento. Segundo Dayane, o foco passou a ser a possibilidade de obtenção de qualidade de vida, mas também no trabalho.

Para ela, o foco em desenvolvimento de carreira fez com que pessoas de idade mais avançada ficassem antenadas às necessidades do mercado. Por outro lado, as empresas estão entendendo a necessidade de buscar profissionais experientes para determinadas funções que exigem maturidade organizacional. "Existem altos executivos na faixa de 60 a 70 anos contribuindo na tomada de importantes decisões dentro de organizações".
Nesta fase da vida, o indivíduo tem menos responsabilidades e pessoas dependendo dele. Assim, é um bom momento para empreender e correr riscos. Basta procurar o modelo mais adequado antes de investir.

SÓCIOS NA VIDA E NOS NEGÓCIOS. Maturidade é um bom momento para empreender. Maria, 57, e Oscar Conchon, 59, abriram uma loja de materiais de construção há cinco anos. — FOTO: DOUGLAS MARÇAL
TRÊS PERGUNTAS AO CONSULTOR MARCOS CRIVELARO
Toda a hora é hora de empreender com sucesso, até depois dos 60.
O entrevistado é especialista em matemática financeira e consultor em finanças, docente da Faculdade FIAP de São Paulo e coautor do livro "Como sair do vermelho e tornar-se um investidor de sucesso", lançado em 2008.

1 - No momento de pensar no negócio na terceira idade, é melhor buscar algo já programado como uma franquia ou vale a pena começar do zero?
— "Vamos dividir em dois grupos. Grupo 1 - pessoas da terceira idade com saúde e disposição física e poucos recursos materiais. Grupo 2 - pessoas da terceira idade com saúde debilitada e pouca disposição física e com muitos recursos materiais. Os empreendedores do Grupo 1 podem atuar nos dois tipos de empreendedorismo: franquia ou próprio negócio. Esses profissionais atuam se necessário em funções operacionais, por isso a maioria opta pelo negócio próprio. Eles podem atuar inicialmente como profissionais autônomos e evoluir para pequenas empresas. Um exemplo poderia ser o serviço de transporte de passageiros em uma estância turística. O próprio profissional dirige a van. Quando a empresa crescer, o empreendedor pode incluir a esposa, filhos e funcionários contratados. Já os empreendedores do Grupo 2 geralmente focam a franquia. A atuação desses profissionais destina-se mais ao gerenciamento e supervisão. Eles podem adquirir uma franquia de fast-food ou de café. Não servem café ou refeições, mas gerenciam e supervisionam".

2 - O senhor conhece exemplos positivos de modelos de negócios que possamos citar?
— "Se a nova atividade profissional tiver relação com a antiga atividade profissional, as atividades de consultoria e de conselheiro são interessantes. Caso não exista essa ligação com o antigo emprego, outras habilidades e competências até então latentes afloram e pessoas que nunca foram vendedores percebem que podem atuar nesta área com sucesso".

3 - É possível empreender sem ser "escravo" do próprio negócio? Uma pessoa pode desenvolver um sistema em que seja mais parecido com arrendamento sem a rotina puxada do escritório?

— "Sim. É necessária a figura do gerente. Esse profissional é o elo entre os funcionários operacionais e a direção. Se a empresa trata da prestação de serviço, geralmente pode ter atividades aos finais de semana e no período noturno. Um ou mais gerentes atuam nesses horários. Se for uma indústria ou escritório, geralmente a jornada de trabalho é no horário comercial". 
Originalmente publicado em O Diario.com

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Os sinais de que sua ideia não tem mercado

Imagine só um veículo pessoal sobre duas rodas que promete ser uma alternativa mais rápida para você chegar ao seu destino e que, de quebra, soluciona o problema da poluição e do congestionamento nas grandes cidades.

Imagine também John Doerr, o lendário investidor da Amazon, Sun e Google, dizendo que as vendas deste veículo baterão a marca de US$ 1 bilhão mais rápido do que qualquer outra empresa na história. Imagine executivos da FedEx e Amazon falando maravilhas sobre a invenção e o Correio dos Estados Unidos querendo colocar 20% de seus carteiros entregando correspondência em cima destes veículos antes mesmo deles serem lançados.
Passaria pela sua cabeça que o Segway poderia não ter mercado? Afinal, este revolucionário scooter criado pelo inventor serial Dean Kamen custou US$ 100 milhões para ser desenvolvido. Segundo as previsões de Kamen, a empresa produziria 10.000 Segways por semana, em 2002. 
O Segway pesava 80 quilos, custava mais de US$ 3.000 (chegando a US$ 7.000 para alguns modelos) e dificilmente alguém conseguia pilotá-lo com segurança sem fazer um treinamento prévio. Em alguns países, o Segway foi classificado como veículo para uso em estradas, exigindo licenciamento e carteira de motorista para quem quisesse conduzi-lo. De 2001 a 2007, a empresa vendeu apenas 30.000 unidades. Será que Kamen e Doerr não prestaram atenção aos sinais de que a sua ideia de negócio não teria mercado? Alguns experimentos prévios poderiam ter feito uma grande diferença.
Não existe mercado para uma ideia. Para entrar no jogo, o empreendedor precisará de um produto ou serviço, ainda que na versão beta. E você só saberá com certeza se existe mercado para o seu produto na hora que colocá-lo à venda. Até lá, a única coisa que terá são suposições que precisarão ser validadas pelo laboratório do mercado.
Dá até para dizer que a grande contribuição do empreendedor para economia é testar hipóteses sobre modelos de negócio, assim como um cientista faz com as leis da natureza. Isso significa que o empreendedor deverá criar experimentos para validar, pouco a pouco, as premissas que embasam seu modelo de negócio. Desta forma, ele irá descobrindo aquilo que funciona e melhorando aquilo que não funciona. O segredo é seguir fazendo pequenos experimentos e validando, pouco a pouco, as premissas do modelo de negócio.
Quando um experimento dá errado é importante não tirar conclusões precipitadas já que uma série de coisas podem ter acontecido que não têm nenhuma relação com o fato de existir mercado ou não para o produto. Dica: conduza vários experimentos, colete informações e analise os resultados no seu conjunto para validar as premissas básicas do seu negócio.
Por Vinicius Licks, especialista em empreendedorismo.
Originalmente publicado em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/os-sinais-de-que-sua-ideia-nao-tem-mercado

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

4 Tendências que impulsionam o investimento em startups - 2ª Parte

Hoje é mais fácil do que nunca começar e investir em startups, ambos impulsionados por avanços na tecnologia online, como a computação em nuvem. Este é, entretanto, somente o começo. O número de startups e de investidores irá aumentar ainda mais, pois o crescimento de qualquer indústria hoje é impulsionado primariamente pela inovação. A novidade é que a fonte de inovação não está mais somente em laboratórios de pesquisa de grandes corporações, mas cada vez mais vem de pequenos times de geeks trabalhando apaixonadamente para solucionar um problema. Sim, esses times são chamados startups.
Atualmente existem quatro tendências chave responsáveis pelo crescimento do ecossistema de startups. No post anterior foram citadas e comentadas as tendências: (1)Softwares estão comendo o mundo e (2)Surgimento de ecossistemas de statups.
Segue abaixo as tendências 3 e 4.
3- Tendências macroeconômicas
Amplamente, esse foi o lado da oferta, com as aceleradoras de startups no meio. Entretanto, para que mercados cresçam, a oferta não precisa somente ser preenchida, mas na verdade excedida pela demanda. Neste caso, há algumas tendências globais que fazem com que mais pessoas queiram direcionar dinheiro para o investimento em startups.
Antes de mais nada, vamos olhar para o cenário geral. As taxas de juros estão abaixando em todo o mundo, inclusive em economias emergentes como o Brasil. Não somente investidores institucionais, mas também pessoas ricas procuram oportunidades alternativas para aumentar suas riquezas. Altos retornos estão relacionados a investimentos mais arriscados e o investimento em startups se encaixa bem nesta categoria. Mais de metade das startups fracassam, algumas trazem retornos modestos, mas aquelas que se dão bem normalmente trazem retornos incríveis. As pessoas ouvem notícias sobre o quanto tiveram de retorno os primeiros investidores em startups como Instagram e WhatsApp e desejam o mesmo. Isso afeta tanto investidores institucionais quanto investidores individuais.
Há então os governos de economias emergentes que querem evitar a armadilha da renda média e veem a inovação como a melhor maneira de assegurar crescimento no longo prazo.
O dinheiro está fluindo.
4- Democratização do investimento
Até pouco tempo, entretanto, o investimento em startups era um domínio de um grupo limitado de profissionais especializados em investimentos e as únicas opções reais para um indivíduo se envolver eram adquirindo cotas em fundos de Venture Capital ou como investidor anjo. Quais eram as barreiras de entrada para os indivíduos? Antes de mais nada, as pessoas que quisessem investir em um fundo de Venture Capital precisavam ter muito dinheiro, devido aos altos investimentos mínimos requeridos por esses fundos. Enquanto investidores anjo, há três coisas que um investidor deveria ter para investir em startups:
  1. Acesso a informação sobre boas oportunidades de investimento, que era restrita a investidores profissionais com ótimas conexões no ecossistema de startups
  2. Conhecimento sobre o ramo, o que compreende tanto a habilidade de selecionar bons investimentos, quanto o conhecimento sobre o próprio processo de investimento, como os aspectos legais deste.
  3. Tempo para executar. Se tornar um investidor anjo profissional exige muita experiência, a qual leva-se bastante tempo para adquirir. Além disso, cada processo individual de investimento consome bastante tempo.
Isso resultava em relativamente poucos novos investidores ingressando na atividade. Agora a situação está mudando. Primeiramente, há muito mais informações disponíveis online sobre as startups. Você pode segui-las no Twitter, ver seus perfis no AngelList ou Fundacity e ter análises detalhadas sobre suas performances pelo CB Insights ou Mattermark, embora estes dois até então estejam focados principalmente em startups americanas.
Paralelamente, novas plataformas online como AngelListFundersClub ou Fundacitypermitem que indivíduos co-invistam em startups com investidores anjo experientes, algo que antes era disponível somente para membros de grupos de anjos, muitas vezes exclusivos. Investidores individuais podem investir tão pouco quanto US$2.000 em uma startup e levar vantagem sobre o seu sucesso potencial sem a necessidade de ter conhecimento especializado ou de gastar tempo gerenciando o processo de investimento. Essas plataformas geralmente fornecem financiamento a startups que estavam historicamente caindo em um gap de financiamento – elas precisavam de mais dinheiro que as aceleradoras podem oferecer e ainda não eram grandes o suficiente para serem atrativas para os fundos de Venture Capital.
Resultado final
Todas essas tendências juntas impulsionam o crescimento do investimento em startups, embora seja importante notar que algumas delas sejam mais visíveis e mais fortes em mercados mais maduros, especialmente nos EUA. Entretanto, os mercados emergentes geralmente seguem os líderes e hoje é muito mais fácil acompanhar do que antes.
Sempre que surge uma grande nova oportunidade no mercado, normalmente há uma “vantagem do pioneiro”. Ninguém tem uma posição estabelecida, então qualquer um pode vencer. Essa hora é (ainda) agora.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

4 Tendências que impulsionam o investimento em startups - 1ª Parte

Startups se tornaram mainstream. Diretores de cinema fazem filmes populares sobre geeks como Steve Jobs e Mark Zuckerberg. Outros fundadores e suas startups estão constantemente em destaque não somente na mídia relacionada a tecnologia, mas também em sessões de negócios de publicações tradicionais. O motivo é simples. Hoje em dia, até mesmo uma empresa muito jovem pode ter um impacto enorme na maneira como negócios sérios são feitos. Basta pensar no impacto que os aplicativos móveis têm nos hábitos de consumo ou que as redes sociais têm em marcas. Não há dúvidas quanto a isso – o próximo grande negócio será uma empresa de tecnologia construída do nada por alguns geeks talentosos e trabalhadores como aqueles que começaram o Google ou Facebook.
Investidores tomem nota. O investimento em startups não está mais limitado a investidores profissionais com conhecimento especializado sobre determinado setor e acesso a contatos privilegiados. Agora há muito mais informação por todo lado, e o investimento em startups está sendo democratizado. Todo mundo quer fazer parte do jogo, de investidores individuais a hedge funds.
Existem hoje quatro tendências chave responsáveis pelo crescimento do ecossistema de startups. De um lado elas impulsionam a oferta de startups, do outro lado a demanda por parte dos investidores, que também contribui para a oferta de novas startups.
1- Softwares estão comendo o mundo
Essa fala do Marc Andreessen, famoso Venture Capitalist do Vale do Silício, é hoje ainda mais verdade do que quando ele a pronunciou pela primeira vez em 2011 em sua dissertação no Wall Street Journal. Hoje você pode começar a construir um negócio global por uma fração do que isso custaria até mesmo 5 anos atrás. A principal razão para isso são certamente os avanços tecnológicos, especialmente a disponibilidade de infraestrutura baseada em nuvem como serviço. Muitos desses softwares estão disponíveis a custos baixos (pré-pagos) ou até mesmo de graça inicialmente (em um modelo freemium) e trazem possibilidades incríveis, nunca sonhadas antes.
Por exemplo, na Fundacity nós usamos mais de 20 ferramentas online diferentes que nos ajudam a ser mais produtivos enquanto um time e oferecer um melhor serviço para os clientes. Muitas dessas ferramentas têm menos de 5 anos de idade e a grande maioria nós usamos de graça.
A nuvem também torna o mundo menor. Hoje é absolutamente possível construir um negócio global de qualquer lugar do mundo. Na realidade, algumas das startups mais icônicas foram criadas fora do Vale do Silício, algumas na Europa (Skype, SoundCloud, Spotify),outras na Ásia (Rakuten, Alibaba, Baidu). Agora é a vez da América Latina, que está se aproximando rapidamente e não deixa a desejar em talento.
2- Surgimento de ecossistemas de startups
Ideias por si só raramente geram valor, mas ideias transformadas em startups frequentemente o fazem. Hoje não somente é mais barato começar uma startup, mas também há muito mais suporte disponível para ajudar empreendedores a transformar ideias em inovação. Muito começou com o movimento Lean Startup, que estruturou a maneira de se construir uma startup. Ele é baseado no framework de ciclos de criação-mensuração-aprendizado, que encorajam uma rápida prototipação e o aprender-fazendo. De repente as pessoas perceberam que elas poderiam testar as suas hipóteses de maneira muito mais barata e rápida do que antes. Com essa nova abordagem, elas têm maior probabilidade de criar algo que as pessoas realmente querem, mais rápido.
Muitas startups aprendem a metodologia Lean Startups em aceleradoras de startups, que são investidores early-stage que adquirem uma pequena participação societária na startup em troca de uma ajuda para acelerar a execução de suas ideias de negócio. As aceleradoras geralmente pegam bons times com ideias promissoras e lhes dão suporte durante o período de aceleração, que muitas vezes toma a forma de um programa de 3 meses. As startups recebem um dinheiro que as ajuda a focar 100% em seus projetos, mentoria para aprimorar suas ideias, um escritório para que todo o time possa trabalhar, workshops para aprender coisas úteis como a metodologia Lean Startup, oportunidades de networking com potenciais investidores e um ambiente encorajador, com outros colegas trabalhando em suas próprias startups ao mesmo tempo. Nos últimos anos, o Brasil vivenciou essa tendência em primeira mão, com o surgimento de aceleradoras como a 21212AceleratechAcelera MGTIAcelera PartnersWOW,VentiurGema Ventures, etc. Essas aceleradoras ajudam a criar ecossistemas de startups, nos quais as pessoas se encontram e aprendem umas com as outras.
Aceleradoras ajudam a criar uma oferta de novas startups, ajudando pessoas jovens a começar um negócio. Do outro lado, elas também impulsionam a demanda por startups de outros investidores como os anjos e fundos de Venture Capital, que veem as startups provenientes de programas de aceleração como boas oportunidades a serem observadas e incluídas em seu deal flow.
(Continua...)