Minha foto
O NAE é um espaço de valorização e de desenvolvimento da criatividade, tem como proposta a promoção da inovação a partir do empreendedorismo.

Acompanhe

segunda-feira, 30 de junho de 2014

5 MITOS SOBRE GRUPOS INOVADORES

Para criar grupos inovadores basta quebrar alguns mitos. E não são os que você pensa.

MITO 1: grupos inovadores são formados por pessoas criativas.
Nada disso. Não basta juntar as pessoas mais criativas da empresa em um grupo. Isto pode ser a receita certa para o caos. Não para a inovação. Para criar um grupo com grande potencial inovador é necessário ter um conjunto diverso de perfis: dos mais "quadrados" aos mais "criativos." Na verdade, com uma leve tendência mais para os "quadrados." De fato, é necessário ter um certo tipo de diversidade. Mas não a que você pensa.
MITO 2: grupos inovadores são formados por alta diversidade.
Não necessariamente. O que importa é que eles tenham diferentes modelos mentais (o nome técnico é motivação cognitiva). Não importa muito se o grupo é formado só por homens, só por mulheres, só por negros ou brancos. O que importa é que seus membros tenham modos diferentes de perceber o mundo. Se o grupo for formado por pessoas de diversas etnias, sexos e credos, mas todos possuírem a mesma formação acadêmica e forem oriundos de um mesmo tipo de universidade, a possibilidade de inovar se reduz drasticamente.
MITO 3: grupos inovadores são ótimos ambientes para trabalhar.
Muito pelo contrário. Grupos inovadores são extremamente estressantes. O clima está sempre a um passo da 3ª Guerra Mundial. As anedotas sobre como Steve Jobs gerenciava as equipes na Apple servem de exemplo de quão estressantes podem ser os ambientes de inovação. As mesmas pessoas que criam ideias apaixonantes, geralmente são apaixonadas por suas ideias. A mesma energia inovadora que gera produtos maravilhosos, cria embates titânicos entre os membros do grupo. Sem a adoção de condições para a redução de “preconceitos” e controle de conflitos, os grupos inovadores implodem antes de terminar o trabalho. Literalmente.
MITO 4: grupos inovadores são difíceis de formar.
Não. E existem as escolas de samba para provar que é possível e acessível às mais variadas organizações criarem grupos inovadores frente a condições adversas. De fato, existem diversos tipos de agremiações populares autocráticas que geram soluções inovadoras em diversos aspectos. Há muito tempo estão disponíveis processos simples e seguros para identificar o tipo de motivação cognitiva das pessoas. E pesquisas acadêmicas recentes identificaram a mistura ideal entre os diversos tipos de motivação cognitiva que geram grupos mais inovadores.
MITO 5: grupos inovadores precisam de processos claros e pré-definidos.
Não. Não mesmo. A mistura de diversos tipos de motivação cognitiva gera grupos autocráticos que, por si mesmos, decidem em cada caso se será melhor seguir ou quebrar regras. Por possuir diversos modelos mentais, a capacidade de percepção e decisão desses grupos é muito especial. É justamente esta capacidade de decisão que gera ideais inovadoras. Para esses grupos basta fornecer uma quantidade limitada de tempo e recursos. Eles saberão como produzir o melhor resultado possível, dada as restrições enfrentadas. Afinal, inovadores gostam de criar suas próprias regras e lógicas, não é?

Por: Maurício Manhães

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Marketing em Startups



Conforme comentei em artigos anteriores, o cenário de qualquer startup é repleto de incertezas, pois empreender significa correr risco, e esse risco é ainda maior quando se trata de empreendedorismo inovador.  O negócio startup começa com um processo de aprendizagem, buscando o ajuste de seu produto ao mercado e um modelo de negócio ideal, repetível e escalável. Inicia com alguns usuários entusiastas e visionários, e aos poucos vai refinando: o modelo conforme valida suas hipóteses; o produto/serviço mínimo viável; e a equipe – para atender da melhor forma possível as necessidades de seu público alvo escolhido.



Fases de Aprendizagem e de Execução
Esta fase inicial de busca e aprendizagem numa startup é um tanto caótica e imprevisível com poucos processos e procedimentos formais, sem hierarquia.  Nela se destacam dois papéis principais: o de desenvolvimento do cliente -  responsável por aspectos de marketing e vendas iniciais; e do desenvolvimento do produto e serviços, que vai ajustando um produto mínimo viável em paralelo. É um processo ágil e enxuto, que utiliza um mínimo de recursos de forma iterativa – em ciclos de desenvolvimento, e interativo – no relacionamento contínuo como os clientes e todos os interessados envolvidos.
Nesta fase o papel do “marketing” é de identificar e coletar informações relevantes sobre: o mercado, o tamanho do mercado, o setor, o(s) segmento(s) de clientes alvo, a concorrência direta e indireta, o cliente, seu perfil, seu problema / necessidade / desejo, escolher o primeiro segmento para atuação, identificar o custo de aquisição de um cliente e o valor que o mesmo pode gerar ao longo do tempo. O desenvolvimento do cliente ocorre ainda com a validação das hipóteses do problema e da solução com pesquisas, visitas e, em alguns casos, com o acompanhamento do uso. Em seguida, é definido qual será a forma de geração de receitas e a precificação, então, são feitas primeiras “vendas” para clientes conquistando usuários entusiastas e visionários, que são os formadores de opinião. Também é importante ficar claro quem é o usuário consumidor do produto/serviço, quem é o cliente pagante, quem é influenciador no processo de compra, etc. No caso do cliente ser uma empresa a identificação de todos os envolvidos no processo de compra é muito mais complexa e demorada, principalmente se a solução for para grandes empresas. Aqui a modelagem do negócio é muito importante para facilitar a visão do todo e das interações entre os elementos do negócio. O modelo do negócio pode ser feito utilizando um quadro canvas que será muito útil para a comunicação e o entendimento do negócio entre todos os envolvidos, como: empreendedores, colaboradores, parceiros e investidores.


Por Nei Grando
Fonte: http://neigrando.wordpress.com/2014/06/05/marketing-em-startups/​