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O NAE é um espaço de valorização e de desenvolvimento da criatividade, tem como proposta a promoção da inovação a partir do empreendedorismo.

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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Sorocaba abre série de eventos regionais de capitalização de empresa

 Cidade sediou o primeiro encontro promovido pela ABVCAP em 2014

Qual o caminho que um empresário deve percorrer até alcançar o investimento? A ABVCAP respondeu essa e outras dúvidas comuns a todos empresários durante o evento “Capitalização de Empresas Inovadoras via Fundo de Venture Capital”, realizado no dia 13 de maio, em conjunto com a ABDI, Anprotec e o Parque Tecnológico de Sorocaba. O encontro reuniu mais de 100 participantes, entre empresários, gestores de fundos e entidades de fomento.

“Uma das grandes dificuldades que nós observamos no estímulo ao desenvolvimento de empresas inovadoras é a integração da universidade com empresa, governo e sociedade”, apontou Ednalva de Morais, da Equipe Dirigente da Anprotec, em seu discurso de abertura do evento, deixando espaço para a seguinte discussão, entre Eduardo Garbes Cicconi, gerente de novos negócios do FIPASE, José Octávio Armani Paschoal, presidente do Instituto Inova, Sergio Marcus Barbosa, gerente executivo da ESALQTec e Eduardo Rocha, VP Executivo da Trivèlla Investimentos: “Transformação -  monitoramento, aceleração e acesso ao capital empreendedor”.
Durante o painel, Cicconi explicou que o parque tecnológico do FIPASE, o Supera Parque, em Ribeirão Preto, mudou a estratégia de seleção de empresas de olho nos fundos de seed e venture capital: “Foi feito um mapeamento do que os fundos de venture capital querem em relação às empresas”.

Empresas brasileiras no radar dos fundos locais e internacionais
Na palestra seguinte, Ângela Ximenes, superintendente executiva da ABVCAP, explicou que não só os gestores locais, mas também os internacionais estão colocando as empresas brasileiras no radar.  Fundos internacionais importantes estão vindo para o Brasil e se associaram à ABVCAP, como Koolen, GM Ventures e Kaszek Ventures. “É hora dos empreendedores começarem a ter foco empresarial e foco de negócio, porque esses fundos estão aqui, com dinheiro, e buscando empresas para investir”, completou a superintendente.

Por outro lado, o empreendedor também deve desmitificar a ideia de que o investidor é um cofre. Christian de Castro, consultor de empresas da ABVCAP, reforça que o empresário precisa entender que o investimento é muito mais do que dinheiro: “Ele adiciona valor a uma base já instalada para acelerar seu crescimento, participando e influenciando da gestão empresarial. Existe um choque de governança dentro da empresa. O grande processo de transformação não está no dinheiro que vai entrar, mas no aporte de conhecimento”.
Para ajudar nesse processo de encontro entre empresas e investidores, além dos eventos regionais, a ABVCAP realiza seleções de empresários para se apresentarem durante os Venture Foruns, quando podem expor suas ideias e planos de negócio a uma plateia de gestores. Dos 11 Venture Foruns já realizados, a Associação já tem colhido frutos: são mais de 400 empresas cadastradas na plataforma, 100 capacitadas e apresentadas a investidores, 42 em processo de negociação e 4 empresas investidas.

Mas o que esses investidores estão buscando?
Em um painel comandado pelo Flávio Eduardo Vieira de Barros Castelar, Diretor Executivo, Parque Tecnológico de Piracicaba, os gestores Alice Neves Thomé, relações com empreendedores da Inseed Investimentos; Francisco Jardim, sócio da SP Ventures e Reinaldo Coelho, sócio da Triaxis responderam alguns pontos considerados na análise do investimento.
Alice: “Durante a conversa até a decisão do investimento, deve ficar muito claro o comprometimento de longo prazo do empreendedor e da equipe. Nós conversamos frequentemente com empreendedores que tem um negócio interessante nas mãos, mas que estão vislumbrando um salário maior de nível de CEO de uma empresa já estabelecida. A remuneração precisa vislumbrar o desenvolvimento de longo prazo”.
Francisco: “O mercado tem que ser economicamente relevante e a cadeia de valor. Se a tecnologia fere players muito estabelecidos que conseguem barrar a entrada do produto no mercado, normalmente essa é a conduta da nossa análise”.
Reinaldo: “Equipe às vezes é metade do negócio. Uma boa equipe boa pode pegar um projeto não tão sensacional e fazer um ajuste no modelo de negócio, descobrir um novo mercado, lançar um novo produto. Em outras palavras, ela pode se reinventar”.
Do outro lado, os empresários Jarbas Caiado, presidente do Conselho de Administração da Opto Eletrônica; investida pela Trivèlla Investimentos, e Márcio Veríssimo presidente da Lead, que assessora a empresa MZ, investida do Jardim Botânico Partners, contaram aos empresários porque buscaram a parceria de um fundo. “Nós já tínhamos 85% do mercado quando nos tornamos uma empresa investida do JB. Essa é justamente a razão pela qual nós começamos a buscar um fundo de investimento: tínhamos planos de expansão para outros segmentos, porque com essa parcela do mercado já não tínhamos muito para onde crescer”, explicou o presidente da Lead.
No caso da Opto Eletrônica, o CEO explica que a empresa buscou um investidor quando percebeu que o seu crescimento precisava ir além do capital da Opto. Foi quando a Trivèlla Investimentos realizou um aporte na empresa, adquirindo 10% do capital da companhia. 

E minha apresentação? Se fecharmos o acordo, como é o processo?
Muitas vezes o empresário tem pouco tempo para apresentar seu negócio. No caso dos Fóruns de Investimento, por exemplo, a empresa tem cerca de 5 a 10 minutos para chamar atenção para o seu projeto. Joni Galvão, sócio-fundador da The Plot Company e cofundador da Soap de 2003 a 2013, possui uma experiência consistente nesse sentido e explicou aos participantes que muitas vezes as apresentações são feitas com muitos gráficos, que inclusive são difíceis de ler. Segundo ele, para se convencer alguém é preciso mexer na emoção dessa pessoa. Outro detalhe que Galvão apontou foi a dificuldade de os empresários falarem das fraquezas.
“Falem de suas fraquezas, dos pontos fracos do projeto. Conhecendo essas dificuldades você vai saber combate-los", orientou Galvão.
Agradou o investidor? Despertou o interesse? E agora? Como funcionam os acordos legais? Rodrigo Menezes, coordenador do Comitê de Empreendedorismo, Inovação, Capital Semente e Venture Capital da ABVCAP e sócio da Derraik&Menezes Advogados, explicou aos presentes os principais acordos que o empresário irá se deparar no processo de investimento. No começo da conversa com o investidor, Menezes conta que é assinado um Term Sheet ou contrato de intenções, que é um documento onde ficam expostas as condições do investimento.
“É o período de exclusividade em que empreendedor e investidor vão decidir se vão prosseguir com o investimento”, explica Rodrigo. Passado o começo da conversa e ambas partes estão de acordo com o investimento, é hora de arrumar a casa para receber o aporte, o chamado processo de due dilligence.  De acordo com Harley Rodrigues, sócio-diretor da área de Transaction Services da KPMG, o processo é um precaução que todos os investidores deveriam fazer ao adquirir uma empresa. Ele também explicou que não se trata de uma auditoria. “Na auditoria você apresenta praticamente as demonstrações financeiras. Já o relatório de diligência você tem a participação do presidente, dos diretores e dos empregados, com resumo da participação da empresa que será investida, os ajustes e os anexos”.

Fonte: ABVCAP

Como lidar com as mudanças de governança com a entrada de um sócio

Empresas privadas em estágio inicial e/ou avançado de crescimento dificilmente encontram no mercado de crédito uma solução definitiva e satisfatória para financiar a sua expansão. O custo financeiro e a eventual ausência de um histórico de resultados, de um fluxo de caixa previsível e de garantias muitas vezes são entraves à obtenção de crédito em montantes suficientes para financiar o crescimento pretendido. 
Alternativamente, a capitalização por investidores privados, tais como fundos de venture capital e private equity, já se provou uma fórmula de sucesso para empresas com esse perfil. Na perspectiva dos empreendedores, investimentos por esses fundos resultam não apenas em capital de giro e recursos para expansão, como também contribuem para a profissionalização e sofisticação de processos internos, instituição de padrões de governança corporativa, além de agregar experiência em gestão. Na ótica dos investidores, o incentivo é a possibilidade de bons retornos, alcançados por meio do crescimento e da valorização da empresa investida. 
O ingresso de investidores é quase sempre condicionado a uma ampla reforma dos padrões de governança corporativa e dos modelos de gestão da companhia investida. Além de ser uma forma de monitorar o destino dado pela companhia aos recursos investidos e a consecução do plano de negócios, também visam permitir o alinhamento de interesses com o empreendedor e facilitar novos investimentos, seja por investidores estratégicos ou até mesmo por meio da abertura de capital, dependendo do grau de sucesso do empreendimento.  
Investidores privados têm preferência pelo investimento em sociedades anônimas. É comum que um empreendimento inicialmente constituído sob a forma de sociedade limitada seja transformado em uma sociedade anônima no momento da entrada do investidor. Ao contrário das sociedades limitadas, as sociedades anônimas têm mecanismos variados e sofisticados para a captação de recursos de terceiros, tais como a possibilidade de emissão (a) de diferentes classes de ações (ordinárias ou preferenciais), que garantem a seus titulares diversos níveis de direitos, como o direito de voto ou não, a preferência na distribuição de lucros etc.; e (b) de outros tipos de valores mobiliários, como as debentures, que são títulos de dívidas conversíveis ou não em ações, e garantem a seus titulares determinados direitos que uma emissão simples de títulos de crédito não garantiria, como a participação nos lucros da companhia. 
Definindo-se o tipo societário, o empreendedor e o investidor negociarão uma reforma nos documentos constitutivos da sociedade e, na maioria das vezes, um acordo de acionistas ou de quotistas, a depender do tipo societário. 
O investidor também poderá exigir a criação de um conselho de administração, que terá um papel preponderante no aprimoramento da governança corporativa do negócio. Com a criação de um conselho, os investidores delegam a supervisão da gestão executiva a profissionais experientes, muitas vezes independentes em relação aos executivos e aos próprios acionistas. As funções normalmente delegadas ao conselho incluem a criação de diretrizes para as estratégias de negócio, o acompanhamento de sua execução, o gerenciamento de riscos e a criação de estímulos para um melhor desempenho dos executivos. É comum que os empreendedores também participem dos conselhos de administração, cumulando com a gestão executiva do próprio negócio. 
Dependendo do valor do investimento, o novo acionista poderá exigir direitos de veto para determinadas matérias. Neste caso, a gestão executiva não poderá praticar determinados atos sem o consentimento do novo acionista, em assembleia geral, ou dos conselheiros por ele nomeados, em reuniões do conselho de administração. Exemplos de matérias objeto de veto são (a) a contratação de empréstimos acima de determinados limites; (b) o desembolso de valores acima de determinados limites; (c) a assunção de obrigações acima de determinados limites; (d) a emissão de valores mobiliários ou mudanças nos direitos de valores mobiliários já emitidos; e (e) a distribuição de lucros.
Vale notar que os critérios para a prospecção de bons investimentos em negócios em estágio inicial ou em fase de crescimento acelerado nem sempre estão limitados ao potencial de sucesso do empreendimento em si, mas também levam em conta a visão e as qualidades individuais do empreendedor. Por isso, mantê-lo à frente do negócio a médio ou longo prazo é quase sempre uma condição para a parceria. Neste contexto, é comum que investidores exijam a permanência do empreendedor como acionista durante o período de maturação do negócio, estabelecendo no acordo de acionistas um mecanismo de “lock-up” (proibição de venda de ações) por determinado período ou condicionado a um evento liquidez, como a venda da totalidade das ações da companhia ou de seus ativos a terceiros, ou uma oferta pública inicial de ações. Também é comum criar mecanismos que estimulam a retenção e o desempenho dos empreendedores e executivos-chave, tais como planos de opção de compra de ações atrelando os rendimentos individuais ao sucesso da companhia.  
Em resumo, a entrada de novo investidor será quase sempre acompanhada de mudanças na governança corporativa e nos controles internos do empreendimento. Essas mudanças variarão de acordo com o valor do investimento, o grau de maturação do negócio e o perfil do investidor. Certo é que as mudanças, em geral, tendem a trazer mais transparência à condução dos negócios e facilitar novos investimentos, beneficiando a todos os participantes do empreendimento, desde acionistas a executivos e funcionários. Apesar de abrir mão da autonomia para decidir sozinho sobre a condução do seu negócio, o empreendedor na grande maioria das vezes ganha um parceiro que o irá auxiliar a enfrentar os desafios envolvidos nos estágios de desenvolvimento da empresa. 
Por: Carlos Alexandre Lobo e Guilherme Ohanian Monteiro
Fonte: ABVCAP

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Meeting Empreendedor, edição maio/14

No Meeting Empreendedor UNISUAM o ambiente é propício para o desenvolvimento de empreendimentos, a partir de ideias inovadoras em qualquer área. Tudo no evento foi pensado para criar uma atmosfera de novidade, de excitamento, de criatividade e de negócios. Durante o evento aconteceram palestras e oficinas. Na foto a seguir, no lado esquerdo, Fernando Rivera, CSO da StartYouUp Aceleradora. No lado direito, Dep. Federal Otávio Leite. Na parte central, o keynote speaker do Meeting Empreendedor de maio/14, Robert Janssen, CEO da OutSourcingBrasil, aceleradora

A abertura do evento foi realizada no sábado dia 10/05/2014 às 08:00h com um welcome coffee, para dar as boas-vindas aos participantes.
O ambiente é ideal para realizar network e interagir com outras pessoas. Na primeira foto abaixo, toda a equipe do NAE, juntamente com os mentores internos da UNISUAM. Na foto mais abaixo, nossa equipe interagindo com os participantes durante as orientações.

Os interessados em participar do Meeting Empreendedor puderam se inscrever no evento submetendo ou não uma ideia inovadora. Quem se inscreveu com uma ideia pode realizar uma apresentação rápida de 90 segundos. Os que não quiseram submeter uma ideia, participaram escolhendo a que queria ser parceiro(a) no desenvolvimento.



Após a apresentação das ideias os times são formados por aderência e afinidade. Passo seguinte é as ideias tomarem forma até se tornarem MVP de empreendimentos de valor. Na foto abaixo, a oficina da Coach Elise Nogueira, ajudando na formação dos grupos de trabalho.
As equipes de trabalho são orientadas por mentores, profissionais especialistas de diversas áreas. Na foto abaixo, o perfil de cada mentor
Alguns grupos participaram da virada noturna, momento em que é possível dar continuidade ao trabalho durante a madrugada.
No domingo à tardinha, os empreendimentos iniciantes se apresentam a uma banca de especialistas e investidores, que analisa o grau de maturidade alcançada e avalia os pontos críticos determinados no Regulamento do Evento. Na foto abaixo, a banca de especialistas. Da esquerda para a direita: Michael Nicklas, investidor da Valor Capital Group – NY/USA; Fernando Rivera, StartYouUp; Robert Janssen, OutSourcingBrasil; Paulo Peloso, mentor sênior do NAE; Viviane Silva, contadora e mentora do NAE; Carlos Silva, conselheiro do NAE; e Fernando Menezes, investidor da TI Angels.
As três equipes mais bem colocadas são premiadas e recebem o reconhecimento: 1º Lugar, TroqueLamp, recebe o prêmio de Robert Janssen; 2º Lugar, YouNick, recebe o prêmio de Michael Nicklas; 3º Lugar, ConfortLife, recebe o prêmio de Fernando Menezes.